A palavra CASA abrange alguns valores importantes para nossa comunidade. Na postagem anterior abordamos o valor atribuído a letra “C”, que é comunidade. Na sequência, nos deparamos com a primeira letra “A”, e, portanto, vamos falar sobre amor.
A cigarra e a formiga
A fábula é um gênero literário interessante. Sua maneira lúdica de reflexões sobre padrões morais por meio da personificação de animais e outros elementos da natureza, faz com que a leitura se assemelhe ao slogan da tradicional Haribo,1 famosa marca alemã de doces. Ou seja, a fábula agrada crianças e também os adultos.
Quando as horas de trabalho parecem intermináveis, ou quando as opções de lazer parecem muito mais convidativas do que os deveres, quem não se lembra, pelo menos de vez em quando, da conhecida história da cigarra e da formiga? A primeira, gosta de cantar e curtir a vida de maneira descompromissada. A segunda, por natureza operária, está sempre se preparando para os dias que virão, invariavelmente, com dificuldades. Esta criação, atribuída ao grego Esopo, “pai dos fabulistas”, percorreu milênios e provavelmente fez parte de algum momento da sua infância.2 As fábulas tem essa magia.
Talvez um dos principais motivos para o sucesso seja exatamente o interessante artifício da personificação. Ou seja, dar vida, voz, pensamento e profundidade a elementos que a mente humana, em geral, processa mecanicamente. Como seria, então, a personificação do amor?
O amor de carne e osso
O apóstolo Paulo possui vários pensamentos, registrados nos seus escritos bíblicos, que fazem parte do conhecimento coletivo do cristãos, e até mesmo do universo secular. Com certeza, um dos grandes destaques é o capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, como está na Bíblia. Nele, encontra-se uma linda homenagem a esse assunto (?), conceito (?), sentimento (?), desejo (?) … Acima de tudo, uma linda homenagem a uma pessoa. É possível encontrar neste capítulo da Bíblia uma apaixonada descrição do caráter de Deus. Isto está em total sintonia com a também conhecida declaração de João. “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 João 4.8).
Aliás, o discípulo amado, talvez forneça uma das afirmações mais impactantes sobre a personificação do amor, como se lê em João 1.14. “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” Para o pensamento bíblico não é difícil encontrar a personificação do amor. Seu nome é Jesus.
O mestre mandou
Diz um ditado popular que de boas intenções o inferno está cheio. Apesar da linguagem de cunho religioso, a lição por detrás das palavras tem que ver com iniciativas que não alcançam o resultado esperado, que minguam ao longo do caminho. Quantas vezes os próprios movimentos que se dizem representes de Cristo na terra não percorrem este mesmo roteiro? Talvez exista um número grande de pessoas envolvidas; talvez exista uma situação financeira confortável; talvez existam variados e interessantes programas. Talvez exista tudo que aparentemente é necessário para o sucesso de qualquer iniciativa. Mas ainda assim, quando não existe AMOR, não existe, realmente, nada. O mestre mandou. “Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (João 13.34).
Por isso, como Igreja Adventista de Língua Portuguesa e Espanhola em Munique, valorizamos O Amor como princípio modelador de nossa existência como indivíduos e comunidade, assim como o contínuo processo de expressá-lo de maneira relevante por meio de nossos pensamentos, palavras e ações.
Convidamos você a fazer parte dessa história.
Referências:
- https://schleswigholstein2015.files.wordpress.com/2015/12/123.jpg
- https://maemequer.sapo.pt/desenvolvimento-infantil/educacao/contos-e-fabulas-infantis/a-cigarra-e-a-formiga/